Me saboto, mas a culpa não é minha.

Hoje consegui cumprir as metas que pus para minha vida pessoal. Foi estranho, então tem algo de errado! Preciso encontrar algum motivo para entender.

Esse é um desabafo, e como é algo pessoal e não tão fácil de resolver eu decidi compartilhar porque alguém pode ter passado ou estar passando por algo parecido.

Gosto de estudar e ensinar o que aprendi, posso resumir que essas são algumas das coisas que mais me dá prazer, mas mesmo gostando de estudar eu acabo me sabotando em estudar. É impressionante, uma vez eu parei de ler um livro porque estava gostando tanto que não queria que ele terminasse e não li o livro todo, o absurdo é que esse livro está na minha estante há 8 anos e toda vez que eu olho para ele sinto uma sensação boa pelo fato de saber que é uma leitura legal e se eu voltar a ler vai ser bom e por outro lado me sinto frustrado por ver que eu já podia ter lido e usufruído do conhecimento para outras coisas relevantes.

Tenho ideias, faço planos, invisto antes de começar e não termino as coisas. Quem já não fez isso, né?

Bom, mas a história não é toda triste. Algo começou a melhorar quando me dediquei com afinco ao tema do “foco”, e comecei a aplicar mudanças no meu dia-a-dia voltadas para melhorar o meu foco nas coisas importantes e que podem dar resultado e diminuir essa sensação de fracasso.

O jogo começa a virar

Algumas leituras me ajudaram no processo, o primeiro livro que li sobre o assunto foi “A tríade do tempo”(Christian Barbosa) autor que deu uma palestra na universidade em que eu estudei e na palestra ele descreveu sua história que em alguns aspectos é semelhante à minha. Porém na época eu não achei que não iria acontecer comigo.

O outro livro que me ajudou muito e que gostei muito de ler foi “A única coisa” (Gary Keller e Jay Papasan), a questão de dar ênfase para as coisas que realmente vão me fazer chegar no objetivo que quero foi muito importante.

E o terceiro e mais importante que li e que me ajudou nesse assunto foi “Salomão, o homem mais rico que existiu” (Steven K. Scott). Nesse há algo de especial, a sabedoria. Algo extremamente rico estava na minha frente e eu demorei a perceber, as muitas aplicações práticas da palavra de Deus e como sou cristão protestante isso tem muito valor para mim. Lembrando que a listagem dos livros não está em ordem de importância, mas cronológica.

O que fiz na prática:

  • Abrir a menor quantidade possível de telas e/ou de abas no navegador.
  • Removi todas as notificações no celular e nos aplicativos do computador, apenas alguns aplicativos eu mantive a notificação no ícone do app, mas nada sonoro ou push notification explodindo na tela.
  • Embora eu goste de trabalhar escutando música às vezes o silêncio facilita mais a concentração quando a tarefa é analisar longos textos, escrever e-mails e algumas outras tarefas pontuais.
  • Acordar cedo, pode parecer clichê, mas é verdade. A partir do momento em que eu me acostumei a acordar cedo e não muito cedo, as 06:00 a minha rotina mudou completamente, consigo planejar as tarefas do dia, adianto algumas coisas do trabalho, consigo ler um pouco e adiantar algumas tarefas diárias de cuidar de casa como tirar o lixo, por roupa para lavar, preparar o almoço.

Isso significa que meu problema foi resolvido e agora sou uma nova pessoa, iluminada com a sabedoria da alta performance? Não, nem perto disso. Mas os resultados que vejo é conseguir terminar de ler os livros que comprei, conseguir terminar os cursos que comecei (online que acho que é mais difícil do que presencial) e esse post aqui ficaria eternamente no rascunho se não fosse essa mudança que custou a acontecer e que ainda é muito pequena.

Não sei se consegui ajudar alguém com esse meu depoimento, mas espero que sirva para que saiba você que se auto sabota não está sozinho, e não precisa continuar assim.

Um abraço,

Wellington Rogati

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